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Alerta diz que fenômeno El Niño pode retornar em 2023

A Organização Meteorológica Mundial afirmou que existe uma probabilidade de 55% de que o fenômeno El Niño retorne em 2023, entre os meses de junho e agosto.

Este fenômeno é responsável por provocar um aquecimento da superfície das águas do Oceano Pacífico muito além do normal, acarretando, deste modo, muitos prejuízos para as regiões afetadas nos sentidos socioeconômicos e ambientais.

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O El Niño não ocorre há, pelo menos, três anos. Neste período, o que influencia os padrões de chuva em diversas partes do mundo é o La Niña.

Mas você sabe o que são e como ocorrem esses fenômenos e quais suas consequências? Se a resposta for não, continue, portanto, acompanhando este artigo. Aqui, esclareceremos o que significam as previsões da agência da ONU e o que ocorre na Terra quando estes eventos climáticos estão ativos.

O que é o El Niño?

Especialistas afirmam que El Niño pode voltar em 2023
Foto: Kelly Sikkema/Unsplash

O El Niño é um fenômeno atmosférico que também recebe o nome de El Niño Oscilação-Sul (ENSO) e afeta diretamente a temperatura das águas do Oceano Pacífico. Geralmente, este evento climático ocorre em intervalos entre dois e sete anos e provoca diferentes padrões de chuvas em diversas partes do mundo.

Como ocorre?

Quando este fenômeno acontece, os ventos alísios, que sopram no sentido leste-oeste, aparecem com menor intensidade. Ou, então, sopram em direção contrária em toda a superfície do Oceano Pacífico. Isso permite que ocorra uma diminuição da ressurgência das águas profundas nessas regiões.

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Deste modo, os países da costa oeste da América do Sul têm as águas superficiais chegando a temperaturas mais altas de maneira anormal. Assim, os peixes dessas regiões têm produtividade muito menor – o que resulta em prejuízos socioeconômicos.

Consequências climáticas

Além dos prejuízos socioeconômicos que ocorrem nas regiões afetadas pelo El Niño, há, ainda, uma série de consequências climáticas que provocam danos em diversos países do hemisfério sul, inclusive no Brasil.

Entre elas estão:

  • Excesso de chuvas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil
  • Períodos de seca intensa nas regiões Norte e Nordeste
  • Verões com temperaturas muito acima da média para a estação

Portanto, essas consequências levam, também, a danos na agricultura pelo excesso e falta de chuvas. Deste modo, aqueles que vivem da produção de subsistência são levados a crises que podem resultar no aumento da pobreza de diversas populações.

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Previsões dos cientistas

De acordo com os estudos realizados pela OMM em parceria com outras instituições como a UK’s Met Office, há 15% de chances que o El Niño volte a ocorrer entre abril e junho. Entretanto, os cientistas afirmam, também, que as probabilidades sobem para 35% entre os meses de maio e julho e chegam a 55% para o período de junho a agosto.

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La Niña – Qual a diferença?

O La Niña, por sua vez, também é um fenômeno climático que ocorre periodicamente. Entretanto, este tem efeito oposto ao El Niño. Com duração de nove meses e ocorrendo no intervalo de dois a sete anos, provoca um resfriamento das águas do Pacífico em um padrão que também vai além do normal.

Durante este período, ocorrem chuvas intensas, bem como aumento intenso na temperatura nas regiões leste e sul da Ásia e também na Oceania. Já nas Américas do Norte e Central, há frio intenso e, nesta última, uma combinação com fortes chuvas.

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